Prato exclusivo do Norte Alentejano e muito raro. É uma memória deliciosa dos dias de matança dos porcos, em que toda a família partilhava uma jornada de alegre festim. É talvez a minha iguaria preferida, mas muito pesada no estômago e não recomendável a gente sensível ao sangue e a carnes feias.
Cortar em cubos pequenos 200 g de sangue cozido, 5 rojões, um coração, um pulmão e duas iscas de fígado de porco. Marinar tudo em sal, pimenta preta, colorau, alho esmagado, louro e vinho tinto, durante pelo menos 3 horas. Picar uma cebola grande para uma panela grande, cobrir com azeite e refogar ligeiramente. Adicionar as carnes e o tempero e estufar ligeiramente (lume brando) durante 10-15 minutos. Adicionar uma colher de chá de cominhos em pó. Juntar água (dobro do volume ocupado pela carne) e rectificar o sal. Deixar ferver durante 15-20 minutos. Servir em pratos fundos cobertos por fatias finas de pão alentejano e uma rodela de laranja. Pode ainda adicionar-se uma folha de hortelã.
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